Manipulação de Pós e Poeiras
O termo “poeira” não tem um significado científico preciso, mas geralmente é definido como um sólido que foi decomposto em pó ou partículas finas. O tamanho das partículas é tão importante quanto a natureza da poeira para determinar se ela é perigosa. Geralmente, os tipos de pó mais perigosos são aqueles com partículas muito pequenas e invisíveis ao olho humano, como é o caso dos pós finos.
Esses tipos de partículas são pequenas o suficiente para serem inaladas, mas ao mesmo tempo grandes o suficiente para permanecer presas no tecido pulmonar e não exaladas.
A poeira nem sempre é um perigo óbvio porque e as partículas que causam mais danos são muitas vezes invisíveis a olho nu, e os efeitos da exposição à saúde podem levar anos para se desenvolver.
Operações que geram pós e particulados
Muitas operações realizadas em indústrias alimentícias, farmacêuticas, químicas, cosméticas, nutrição animal, etc., demandam manipulação de pós:
- Fracionamento e Pesagem
- Peneiramento
- Enchimento ou esvaziamento de embalagens
- Alimentação de processo
- Transporte manual de material
- Operações de limpeza e manutenção
Estas operações, entretanto, podem gerar pós que ficam em suspensão no ar, causando desde riscos ocupacionais até outros impactos na produção.

Impactos à saúde do operador

Certos pós, como pós de grãos, farinha, corantes reativos e enzimas são sensibilizadores respiratórios que podem causar asma ocupacional (ataques de tosse, chiado no peito e aperto no peito), rinite (corrimento ou nariz entupido) e alveolite alérgica extrínseca (os sintomas podem incluir febre, tosse, falta de ar e perda de peso).
O acúmulo de poeira nos pulmões pode causar inflamação e, eventualmente, fibrose (tecido cicatricial), levando a problemas respiratórios. Essas condições se desenvolvem lentamente e podem ser assintomáticas até que ocorram alterações graves e irreversíveis.
Os efeitos crônicos da poeira nos pulmões são geralmente permanentes e podem ser incapacitantes, de modo que a prevenção do aparecimento da doença deve receber a mais alta prioridade.
Gases e vapores também apresentam risco
Gases são moléculas químicas dispersas no ar. Sua presença pode ser difícil de detectar se for incolor ou inodoro. Gases como o monóxido de carbono podem ser muito perigosos. Alguns são inflamáveis, explosivos e/ou tóxicos.
Vapor é a forma gasosa de uma substância. A maioria dos solventes orgânicos evapora e produz vapores. Podem ser inalados para os pulmões, irritar olhos, pele ou o trato respiratório. Alguns são inflamáveis, explosivos e/ou tóxicos.

Impactos à segurança, qualidade e produtividade
Além de impactar a saúde do trabalhador, a falta de controle na emissão destes particulados no ar e sua consequente dispersão pelo ambiente fabril pode causar outras situações que comprometem a qualidade do produto e a segurança das instalações.
Acúmulo de Poeiras Combustíveis
Muitas substâncias usadas na indústria têm características explosivas, e seu acúmulo no ambiente pode causar explosões.
Exaustão localizada, limpeza com aspiração industrial e outras providências podem evitar os riscos de explosão.

Riscos de Contaminação
Particulados em suspensão podem contaminar o produto e caracterizar não conformidade às boas práticas de fabricação.
Captar esses particulados em sua fonte de emissão, antes que se espalhem pelo ambiente, é a melhor solução para garantir a qualidade do produto final.

Impacto na Manutenção de Equipamentos
Os particulados em suspensão no ambiente fabril depositam-se nas superfícies de equipamentos.
Além de aumentar paradas para manutenção, equipamentos de mecânica fina e componentes eletrônicos podem ser seu funcionamento comprometido.

NR-9: Regulamentação Brasileira

A Norma Regulamentadora 9 trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que tem como objetivo principal a tomada de ações para garantir a saúde, segurança e integridade dos trabalhadores no ambiente de trabalho nos locais em que haja a presença de riscos ambientais.
Segundo a NR-9, estes riscos ambientais englobam:
- Agentes químicos: Como gases e poeiras diversos.
- Agentes biológicos: Como os vírus e bactérias, os bacilos e parasitas, além dos fungos e outros.
- Agentes físicos: Como as radiações ionizantes e não ionizantes, o infrassom e ultrassom, as altas e baixas temperaturas, o ruído, vibrações e pressões anormais.
A ilustração ao lado mostra a hierarquia de ações para controlar estes riscos. No caso dos processos de manipulação de pós as ações são “3- Controles: Medidas físicas de controle do risco, com o objetivo de amenizá-lo”.
Em suma, na impossibilidade de (1) eliminar ou (2) substituir o processo, a adoção de sistemas de exaustão localizada para controlar o risco atende plenamente a legislação.
Soluções AirVert para pós em suspensão
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